Amhitar diz Adeus
Esta é a última postagem deste
blogue. Por 365 dias os heróis de nosso povo [o guerreiro Donyhor al-Temurbek, o
cronista Abdul al-Wazahari, o tio deste, Nilufar, a feminista Breanna Oygul, o
enigmático Houssnida Abdumalik, o Monge Gelasiminius (o único não nascido na pátria),
os românticos historiadores Dilafruz Michelet e Java Kharlilah, a belíssima Juju
Shilmora, o andarilho Dasha Ulugbek, o mal humorado Iusya Marzhaffar, o General
Iqbol Chavkat, a doce poetisa Iroshka Maruf, o marxista geógrafo Serguei
Kovinev e dezenas de outros (assim como estrangeiros que passaram por nossa terra,
de Elizabeth Taylor a Trotski)] desfilaram suas proezas e baixezas nesta página
de bits.
O Povo do Reino de Amhitar agradece
a você que leu este testemunho nosso – de beleza, loucura e [acima de tudo] de
sonho [assim como manda seu carinho aos voluntários brasileiros que traduziram
estas páginas subversivas (escritas no quinto subdialeto Bakhmar) para a língua
portuguesa].
Dizem os opositores [eles sempre
existem] que Amhitar é delírio. Estão errados [embora não muito]. Nosso país [e
seus desertos e suas muralhas e suas montanhas que furam as nuvens] efetivamente
se constitui em desafio para a banal [e aparente] realidade das pedras,
engarrafamentos e telefones. O mesmo [no entanto] pode ser dito de [quase]
qualquer país.
Todos eles agradecem e marcam
novo encontro [não em um mundo que há de vir] mas noutro [de delírios] que já
está.
Amhitar diz Adeus.