domingo, 6 de janeiro de 2013

06 de Janeiro

Misterioso Não-Suicídio de Spiro Alimova, o odiador-da-vida


Foi no primeiro dia do mês Dhu´l-Hijja do ano do profeta de 619 (ano 1223 dos cristãos) que os carcereiros viram vazia a cela de Spiro Alimova na madrugada de sua execução. O fato de, em lugar do prisioneiro, encontrarem apenas uma gravura de tigre rasgada em três pedaços, duas esferas de goma e um carretel de fina linha apenas gerou mais fantasias pelo povo.

Spiro Alimova bradava que todas as religiões praticam a falsidade, pois todas elas pregam haver um mundo melhor que este para os justos. Mas todos a começar dos sultões e papas apegam-se desesperadamente a este mundo. E concluiu que a mais bela, a mais coerente de todas as ações é o suicídio.

Diziam: a vida é bela! E ele mostrava doença e púnheis de assassinos. Diziam: Deus é pai! E ele dizia ser indelicadeza deixar o pai esperando. Seus inimigos conseguiram convencer o Grande Conselho a degolá-lo. Comemoraram-lhe o  sumiço: ele se acovardara, portanto perdera a credibilidade.

Os estranhos objetos encontrados possibilitaram cerca de três dezenas de escolas de pensamento derivadas. Uma delas, que se denominava Aqueles da Completa Igualdade, pregava o nivelamento total dos homens, e teve Raya Oygul e Houssnida Abdumalik como seguidores. A explicação oficial, no entanto, foi que Spiro Alimova fugiu de medo da morte e terminou seus dias como engraxate numa cidade à beira do Grande Golfo. A razão ou o medo da degola a transformou em versão aceita.

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