Foi no primeiro dia do mês Dhu´l-Hijja do ano do profeta de
619 (ano 1223 dos cristãos) que os carcereiros viram vazia a cela de Spiro Alimova
na madrugada de sua execução. O fato de, em lugar do prisioneiro, encontrarem apenas
uma gravura de tigre rasgada em três pedaços, duas esferas de goma e um
carretel de fina linha apenas gerou mais fantasias pelo povo.
Spiro Alimova bradava que todas as religiões praticam a
falsidade, pois todas elas pregam haver um mundo melhor que este para os justos.
Mas todos a começar dos sultões e papas apegam-se desesperadamente a este
mundo. E concluiu que a mais bela, a mais coerente de todas as ações é o
suicídio.
Diziam: a vida é bela!
E ele mostrava doença e púnheis de assassinos. Diziam: Deus é pai! E ele dizia ser indelicadeza deixar o pai esperando. Seus
inimigos conseguiram convencer o Grande Conselho a degolá-lo. Comemoraram-lhe o
sumiço: ele se acovardara, portanto
perdera a credibilidade.
Os estranhos objetos encontrados possibilitaram cerca de
três dezenas de escolas de pensamento derivadas. Uma delas, que se denominava Aqueles
da Completa Igualdade, pregava o nivelamento total dos homens, e teve Raya
Oygul e Houssnida Abdumalik como seguidores. A explicação oficial, no entanto,
foi que Spiro Alimova fugiu de medo da morte e terminou seus dias como
engraxate numa cidade à beira do Grande Golfo. A razão ou o medo da degola a
transformou em versão aceita.
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