sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

11 de Janeiro

Queima da última muda de Erva-do-paraíso

Este nome fantasioso se deveu não à planta mas a alguns seguidores dos Beatles e de Timothy Leary o guru da Contracultura do LSD, quando apareceram no Sul da Califórnia dois exemplares [com falhas de tradução] do Caderno Provisório dos sub-sacerdotes de Amhitar, sendo eles (segundo versões) mais poderosos que os sacerdotes do Rei.

Os Cadernos falavam de uma pequena árvore cujas folhas, se ingeridas, não ofereciam perigo; porém se inaladas em infusão com cal e iodo puro detonavam no homem outro estado de consciência.

O equívoco dos gurus contraculturais deriva de que a Erva-do-paraíso não produzia nenhum prazer, nem mesmo provisório. Apenas, com ela um homem podia refazer seus próprios passos. Se virou à direita, poderia pensar que virou à esquerda – e lá um bando o espreitava, e o estrangulava pelas moedas de sua bolsa; ou podia ter voltado atrás, ter se encontrado com a carruagem de um rei vizinho, e se casaria com a filha do rei.

Perdidos nas possibilidades, os viciados perdiam contato com a realidade e muitos morriam – caíam em abismos ou lagos ou eram atropelados pelos cavalos que viam mas aos quais não davam importância, sonhando sem fechar os olhos a pensar no que poderia ter sido.

O Príncipe Muniza III, penúltimo Rei do Décimo-segundo período, mandou queimar cada muda. Ele o fez espantado pelo poder maléfico da erva e (dizem) pressionado pelos sacerdotes, que temiam a ascensão de seus rivais.

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