Os missionários jesuítas que chegaram a Amhitar (em 1868 ou
1869) tentaram e não conseguiram, na conversão dos calendários, concluir que Iaziza
fora morto em um dia de Páscoa, ou mesmo a 25 de dezembro. Não queriam compará-lo
a Cristo, claro, mas usá-lo como um sinal
de os bons são sempre sacrificados pelos pecadores.
As três gravuras que restam dele [uma delas curiosamente estampada
em um selo, e outra danificada] mostram um rapaz de 16 ou 17, com cara de
ladino.
Diante de seu venerável avô materno, falava: Demorará muito para morrer e eu herdar suas
propriedades? Diante de um amigo, dizia: Como sua conversa é maçante! Diante da esposa de um amigo: Que mulher feia! Ao passar a filha do
Sultão: Quero foder-lhe a boceta.
Sua brutal sinceridade ganhou inimigos e estes conseguiram acorrentá-lo
em uma masmorra na margem do rio Asur-Daria, e a exclamação diante da princesa
não melhorou o caso. Seus tormentos aos poucos lhe modificaram a fama. De
desprezível passou a aborrecido, de aborrecido a tolo, de tolo a sincero, de
sincero a profeta que denuncia os erros
na cara dos homens, e sofre as consequências da injustiça deles.
Segundo a versão jesuíta ele foi crucificado em um alto
morro com dois bandoleiros. Segundo outra história, foi liberado por dois
soldados que gostaram de suas sinceridades frente a alguns oficiais do Sultão. E
ele ao fugir teria sido comido por nove crocodilos, mas até isso pode ser história.
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