domingo, 20 de janeiro de 2013

20 de Janeiro

Partida das primeiras carretas de seda


Comerciantes engordam, enriquecem, envelhecem e por isso os contadores de histórias os repelem como tema. Mas uma pesquisa dezesseis séculos depois realizada por dois técnicos da Universidade de Stanford estabeleceu a história de Eldor, o Intruso, como a segunda mais repetida no mercado de Shamarkaand. Estabeleceram de maneira mais ou menos arbitrária esta data do ano 327 [uma das poucas informações sobre Amhitar que veio de fonte externa, do monge jordaniano Gelasiminius].

Das nove versões plotadas pelos pesquisadores a que lhes pareceu mais confiável colocava Eldor como jovem gargalhante, gordote e engolidor de hectolitros de cerveja marrom [shiibatz] – as duas versões que o apresentavam como ser extraterrestre sendo desprezadas como risíveis. Eldor faminto por dinheiro e mais ainda pelas prostitutas que o dinheiro traz se meteu a romper o monopólio dos Han, encheu as carretas de seda (que Amhitar produzia mas não exportava) e se propôs a chegar a Aidorot-Niingur [Roma].

Discordam de quantos pescoços a navalha de Eldor teve de rodar para chegar a seu destino – mas sempre são muitos os Han, partas e casaques que Eldor enviou ao armazém das sombras. Esse primeiro lote, dizem as lendas, era de seda vermelha, pois o prevenido Eldor sabia que a possibilidade de respingos seria grande.

A versão de que morreu pobre e comido pelas venéreas em um beco do Trastevere considera-se muito moralista para ser real. 

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