sábado, 2 de fevereiro de 2013

02 de Fevereiro

O Terrível primeiro selo


Há dezessete versões [todas fantasiosas] do nome do homem [ou vítima] que recebeu a primeira carta selada de Amhitar, hoje em 1817, quase vinte e seis anos antes de a história oficial [sempre falsa] atribuir a invenção do primeiro selo aos ingleses. Esse delegado de polícia [ou oficial do exército, ou sacerdote Khazyr, embora a última versão seja menos provável] desmaiou [ou jogou-se de um precipício, segundo outros] quando recebeu uma carta com um pedacinho de papel colado. Dois vizinhos mais bravos nada viram de mais no selo: a gravura de um leão de cinco patas, um gavião de asas cortadas e uma inscrição em dialeto Bakhmar, Eu te mostrarei as coisas escondidas desde a fundação do mundo, tudo em um fundo azul de doer a vista.

O infeliz primeiro recebedor de uma carta sumiu vinte nove dias depois e o mistério permaneceu até que o segundo habitante de Amhitar a colecionar esses pedacinhos de papel [Rashid Kamola] escreveu que aquele papel significava que o recebedor estava marcado de morte pela Tétrica Confraria do Leão Azul, sociedade secreta depois sucedida pela Mão Negra [lembrando que o Azul era cor do medo e do remorso na cultura Bakhmar].

O sumiço do filatelista também 29 dias depois de sua descoberta gerou pavores de que a Confraria ainda se vingava de seus inimigos. Uma versão mais banal diz que Rachid sumiu para dar credibilidade à sua história e tornar ainda mais valioso o seu selo, embora tal fanatismo seja pouco provável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário