segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

04 de Fevereiro

A não-celebração da maldita folhagem


Amhitar colaborou [dizem] e de maneira não insignificante para a Bíblia dos hereges – e tal colaboração é comemorada hoje [de maneira escandalosamente arbitrária] ao se celebrar o Dia da Erva Armindollah.
Tal dia [que segundo o botânico Mendoleiev, discípulo rebelde do geógrafo Serguei Kovinev, não deveria ser festejado mas chorado] marca a [lendária] primeira colheita desta planta, em tempos [nunca definidos] sempre remotos.

Não se tem certeza do sabor, do cheiro ou do DNA desta planta [e nem se poderia ter, já que seu último exemplar morreu em  04 de fevereiro de 1604 – uma data tão cheia de coincidências que Mendoleiev ri de sua falsidade].

A segunda mais repetida das histórias sobre a plantinha afirma que os Xeques da Dinastia Horrenda dos Muntoza utilizavam seu chá como última punição a seus inimigos. O tal chá poderia matar em três segundos de síncope; ou exalar um delicado odor de amêndoas; ou ter sabor mais doce que as mais finas guloseimas da Mesopotâmia; ou semelhar a ovo podre; ou causar dores terríveis por seis dias, se a vítima não morresse antes. O pior não era o efeito – era a incerteza do mesmo, o que fazia as vítimas acabarem antes, de pavor.

A primeira história mais repetida leva a tal planta pelas mãos de mercadores para, em um ato de guerra bacteriológica, estragar a produção de trigo concorrente da Palestina. Lá teria ganho o nome de Joio e virado personagem num certo Livro. Tal versão não é unânime.

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