O [quase] literal desenterro da até
então esquecida civilização Khazyr [a qual dominou Amhitar por certo período] não
foi obra de nenhum historiador mas da poetisa Nargiza Donisheva, que escreveu uns quatro séculos depois do
fechamento do último dos círculos daquele período.
Nos 6.999 versos do seu controverso épico O mundo antigamente já existia [que
apesar de se propor a ser obra de arte encerra informações admiravelmente
objetivas] Nargiza afirma que o modo de vida Khazyr [ela prefere esse nome ao
de civilização] imiscuiu-se por todas as áreas do país tão devagar que não se
pode dar um início objetivo ao mesmo, embora se possa declará-lo bem instalado
no ano 598 dos hereges, podendo seu final ser convencionado quando da partida do
último dos Khazyr pela fronteira do Norte, no dia de hoje em 843. As pessoas, segundo ela, simplesmente deixavam
de pensar no futuro e sem premeditar se tornavam Khazyr.
Segundo a poetisa, o principal
nos Khazyr era que eles quase-totalmente se desinteressavam pelo futuro –
incluindo a vida após a morte no céu ou na terra [a busca de deixar grandes
obras, por exemplo, era punida com vaias em público]. A religião existia mas não
tinha importância. Os deuses se entediavam e viviam a bocejar. Interessados
apenas no dia-a-dia, pouco se deixou para cronistas ou arqueólogos. Apesar de
toda essa obscuridade, a antiga ideia de os Khazyr são apenas a criação de uma
mulher genial há muito se considera ultrapassada.
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