domingo, 10 de fevereiro de 2013

10 de Fevereiro

O fim do reino Khazyr


O [quase] literal desenterro da até então esquecida civilização Khazyr [a qual dominou Amhitar por certo período] não foi obra de nenhum historiador mas da poetisa Nargiza Donisheva, que escreveu uns quatro séculos depois do fechamento do último dos círculos daquele período.

Nos 6.999 versos do seu controverso épico O mundo antigamente já existia [que apesar de se propor a ser obra de arte encerra informações admiravelmente objetivas] Nargiza afirma que o modo de vida Khazyr [ela prefere esse nome ao de civilização] imiscuiu-se por todas as áreas do país tão devagar que não se pode dar um início objetivo ao mesmo, embora se possa declará-lo bem instalado no ano 598 dos hereges, podendo seu final ser convencionado quando da partida do último dos Khazyr pela fronteira do Norte, no dia de hoje em 843.  As pessoas, segundo ela, simplesmente deixavam de pensar no futuro e sem premeditar se tornavam Khazyr.

Segundo a poetisa, o principal nos Khazyr era que eles quase-totalmente se desinteressavam pelo futuro – incluindo a vida após a morte no céu ou na terra [a busca de deixar grandes obras, por exemplo, era punida com vaias em público]. A religião existia mas não tinha importância. Os deuses se entediavam e viviam a bocejar. Interessados apenas no dia-a-dia, pouco se deixou para cronistas ou arqueólogos. Apesar de toda essa obscuridade, a antiga ideia de os Khazyr são apenas a criação de uma mulher genial há muito se considera ultrapassada.

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