As minas de cobre do trigésimo-terceiro
platô de Aqtöbe não eram [em verdade] minas de cobre. Um levantamento datado de
1931 contou 10.937 estrofes de poemas épicos e de panegíricos sobre tais
celebradas minas [a maior parte, conforme o reconhecimento dos recenseadores,
de qualidade muito ruim.]
Veio a decepção com três
engenheiros de minas do exército russo, que em expedição começada hoje em 1869 [à
qual o vício da ganância não era estranho] intentaram estabelecer a exploração
em escala. As pedras eram esverdeadas, certo, e pareciam ter a densidade
correta. Mas certo brilho [o brilho dos
olhos de um homem triste – escreveu um dos engenheiros em trecho não muito
científico do seu relatório] chamou a atenção de um barbudo em São Petersburgo.
A partir daí a história se baseia na conversa do povo.
O barbudo [um tal Dmitri
Ivanovich Mendeleiev] durante 97 dias tentou estabelecer pesos atômicos, números
de prótons e outras banalidades físicas. Considerando que tal trabalho [embora apaixonante]
atrasava sua famosa tabela periódica, decidiu conceder-lhe um quadrado de sua
tabela [as ser melhor pesquisado] e lhe deu o nome de Amhitario. Por razões políticas [não convinha essa homenagem a uma
província recém-subjugada] o governo czarista o forçou a retirar esse nome. Depois
o lugar foi ocupado por uma banal homenagem ao próprio Mendeleiev, que morreu pronunciando
o nome do seu querido Ahmitario [isso,
é claro, pode ser mais patriótico que real].
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