O Politburo da República [traidora]
do Turquestão Ocidental em surpresa monstruosa no dia de hoje em 1935 publicou
nota no Diário das Massas [sóbria,
mas uma nota] afirmando serem verdadeiras
e também patrióticas as histórias
populares que [com os séculos] atribuíram 400 muros à antiga cidadela de Zarafshan.
Tal número [simétrico e demasiado
belo para ser real] fora não só aceito mas exagerado pelos poetas e
historiadores românticos de Amhitar [posteriormente caídos em desgraça]. [Seriam
na verdade 777 segundo o impetuoso cronista Java Kharlilah, que previsivelmente
os atribui a certo Xeque que jurou seu amor 777 vezes a uma odalisca cor de tâmara
e prometeu defendê-la o mesmo número de vezes]. A nota no Jornal [dizem]
deveu-se ao sóbrio geógrafo Serguei Kovinev, o qual grunhira dias antes no
verbete referente à cidade no 17º volume da Enciclopédia
Soviético-Proletária que esses escritores
vendidos à reação enchem as cidades antigas de palácios e labirintos, sempre
construídos por ordem de senhores poderosos. Em Amhitar temos a único
muralha-labirinto feita não só pelos braços mas também pela iniciativa das
massas famélicas!
Para confirmar essa história o Departamento de Propaganda e Agitação das
Massas enviou expedição arqueológica que depois de sete meses de escavações
teve suas conclusões arquivadas e sua divulgação proibida. Dizem que concluíram
que não havia muralhas, mas isso se tornou mais uma parte da lenda dos 400.
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