sexta-feira, 5 de abril de 2013

05 de Abril

A farsa


Charles Robert Darwin teria compulsado um exemplar [ainda inédito] da História dos Coelhos em Amhitar, na sua fazendola em Downe, Kent, de 5 a 9 abril de 1854. Fascinado, acrescentou um capítulo ao seu ainda incompleto Origem das Espécies denominado De como novas evidências advindas do Turquestão provam a inexistência de uma Divindade no esquema evolucionário, depois retirado do livro por insistência de sua puritana esposa. [Essa a história confirmada em dois bilhetes atribuídos a seu discípulo Thomas Huxley, cujo fanatismo agnóstico torna seu testemunho pouco confiável].

A Comissão amhitariana que anos depois examinou a História dos Coelhos quedou abismada com sua inverossimilhança: os desenhos eram fora de proporção, havia erros na localização dos sítios arqueológicos e a tese da existência de fósseis de coelhos carnívoros gigantes na margem do lago Balkash não passava pelo teste da gargalhada. Das hipóteses sobre tal livro-farsa, a primeira fala de uma operação do fraco governo do Xeque, que esperava com isso ganhar alguma visibilidade na Inglaterra, dona do mundo.

Uma segunda versão afirma que o autor de tal tolice teria sido o próprio Darwin, que a teria feito para arrancar gargalhadas de sua filhinha favorita, que em breve morreu. Desgostoso depois da tragédia, entregou seu livro-piada a Huxley, que inventou o resto e doou o manuscrito para a Biblioteca Pública de Bombaim. Não são tantos os que acreditam nela. 

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