O Tratado da Geologia Imaginária de Amhitar [de 1906] não o era [ao
menos segundo surpreendente achado de petróleo realizado nos anos 1990 por um
consórcio liderado pela Elf Aquitaine e
composto pela malfadada British Petroleum
e a Braspetro de um longínquo país. Esse consórcio desencadeou a costumeira onda
de denúncias de propinas e contas nas Bahamas, etc.].
Assinava-o certo Joseph John New-York e esse nome [melhor,
esse pseudônimo] ridículo, junto com menções a lugares como Shagri-lá e Eldorado atingiu o objetivo
que o oculto autor queria ou queriam: que os oficiais da censura czarista gargalhassem
e não percebessem que o tal Atlas indicava riquezas bem sólidas.
Em torno do paralelo 42, por
exemplo, o atlas enxergava [a uma profundidade de trezentos metros] um lago de Néctar do amor das deusas, o que esse título
de duplo sentido quisesse dizer. Logo debaixo, porém, indicava uma jazida de
petróleo e gás estendendo-se ao sul até o paralelo seguinte. E essa informação
[o Consórcio descobriu] era correta. Os afloramentos de Pedras de Apolo ou de Rubis já
enfiados em Colares entremeavam-se com jazidas de berilo e cobalto.
Assim como ninguém sabe o nome
dos maiores espiões [pois eles nunca foram pegos], desse maior geólogo de Amhitar
não se sabe o nome. Uma teoria que o vinculava a uma história de amor e
vingança, culminando com uma perseguição e fuga para o Céu revelou-se [como era
óbvio] por demais romântica para ser real.
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