Utnapishtim veio de longe [seu
nome (nada amhitariano) significa Aquele-que-está-distante]. Mora [nos últimos dois mil anos] na Boca-dos-Rios [lugar cuja (duvidosa)
adaptação ao contexto da Ásia Central talvez signifique as embocaduras do
Syr-Daria e do Amur-Daria]. Este é o começo da história.
E a história veio de 55 páginas
de um códice [falsamente] atribuído ao quase lendário cronista Abdul
Al-Wazahari. O final da História [tingido de certa banalidade] mostra Utnapishtim
vivendo tranquilo com sua esposa e filhos entre os juncos dos tais rios – e vivendo
uma vida imortal.
Homem bom, os [caprichosos e
inconstantes] deuses ordenam-lhe construir um grande barco, abrigar sua família
e também uns animais, e aguardar a tempestade.
Seria um óbvio plágio de certo
conto do Oriente Médio se a tempestade não fosse de areia. O mundo se encharcou
de pó e mesmo parte da família de Utnapishtim foi eliminada, assim como parte
dos animais.
Não só a comprovação da falsidade
desmoralizou tal história, e nem mesmo só a tola substituição de água por
areia. Os falsários [nunca descobertos] plagiaram uma velha história iraquiana
sem mesmo se dar ao trabalho de trocar os nomes. [Utnapishtim é nome sumério].
Triplamente desmoralizada, a história é mantida para educação moral das educações
futuras, sobre como é feio mentir.
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