Até hoje [nas datas de exaltação
patriótica] se vê em um ou outro muro o bombástico
Ud-Ahmitarianvan-al-Zhiirbekehruz!!
Ou: O homem primordial veio de Amhitar! [Lema (por não poucos céticos)
considerado mais emocionante que real]. Surgiu tal ideia da confluência da escavação
de um talude arenítico para a Ferrovia Grande
Amhitar em 1856 [a qual depois da invasão russa teve seu nome modificado
para Trans-Turquestão] e da
interpretação [por muitos considerada fantasiosa] do Banquete de Platão, especialmente do discurso de Aristófanes.
O grego afirmou que o homem
primordial tinha 4 braços, 4 pernas, 2 cabeças olhando em sentidos diferentes,
forma arredondada [e portanto podia rolar]. As escavações da ferrovia [consideradas
como se tendo iniciado nesta data] revelaram ossos que mal se podiam considerar
humanos pois correspondiam [quase que] exatamente ao seres descritos por Platão
[exceto que possuíam cinco narizes, o que foi atribuído a uma compreensível
falha do filósofo, que não era adivinho].
As universidades ocidentais não
perderam tempo em rotular tal descoberta como falsificação e deletaram o Homem de Amhitar de seu horizonte de
estudos. Para o país, a causa do pouco prestígio dos primitivos amhitarianos
veio de que, por um enorme azar, sua descoberta aconteceu ao mesmo tempo da dos
esqueletos em Neanderthal, na Alemanha, os quais, embora menos relevantes,
contaram com poderosa máquina de propaganda a seu favor.
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