Septienista
- Já que não consigo mudar a mim mesmo, vou mudar o mundo.
Foi o que disse Aynur Zafar quando
saiu do Hospício de Shmaerkhaant no dia de hoje em 1827 com duas malas de papelão
prensado e uma observação ZK no seu
prontuário [abreviação de Zhirklin-in-Kharobouth,
que no dialeto Bhakhmar padrão significa Não
Curado].
O maior dos filósofos [ao menos para
seus 7 adeptos] de Amhitar instalou-se então em um cubículo e se dispôs a contar
a História de Tudo [sendo esse o título
de sua obra principal, a qual livreiros temerosos da reação dos compradores mudaram
para o pouco menos pretensioso Completo Compêndio
de Filosofia Geral]. Tal obra [disseram os críticos de Delhi a Jacarta] impressionava
por sua firmeza em anunciar absurdos. A ideia de que havia uma fonte de perfeição
no mundo, que esta fonte não era o que se chamava de deus, que esse pretenso
fluxo passava pela humanidade e especialmente pelos adeptos da filosofia
aynariana [ou septienista, como ele a
chamava] era por demais pueril para ser real.
O fato de que cada ensaio do
mestre tinha 7 partes, cada parte 7 capítulos, cada capítulo 7 seções, cada seção
7 parágrafos, cada parágrafo 7 períodos e cada período 7 palavras pouco
contribuiu para a reputação acerca de sua estado mental. Críticos dizem que é
por isso que a filosofia do mestre nunca teve mais de 7 simpatizantes [mas isso
não é verdade: em 7 vezes que foram contados, o número de adeptos chegou a 9].
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