Olvidável
Pioneiro do Ar
Amhitar
[inevitavelmente] participa da corrida sobre qual país deu a luz
àquele que conseguiu fazer uma engenhoca fumegante sustentar-se no
ar antes de estatelar-se [de maneira mais ou menos voluntária] no
chão. Certo longínquo [e voluntariamente pequeno país que se
autodetesta] também candidata um certo Santos-alguma-coisa [parece
que Dumont] [há também uns tais Irmãos Wright, dizem].
Se
houvesse alguma ordem transcendental no mundo [sendo discutível que
haja] Yuliya Sunnat [o candidato amhitariano] seria O Pioneiro da
Aviação. Não por uma [sempre discutível] precedência temporal,
mas por características muito comuns na raça humana que os outros
candidatos [estranhamente] parecem não ter.
Seu
aparelho ao qual deu o [estúpido] nome de Chinelo II decolou
hoje em 1901 de um campo de areia nas margens do Syr-Daria, tentou
atravessar o rio, não conseguiu, voltou, e pousou quase de faca [de
ponta de asa] de onde partira.
Até
aí nada de mais [o tal Santos e os Wright fizeram coisa parecida]. A
originalidade de Yuliya está em que desceu em terra, arregalou os
olhos, abriu o choro, saiu correndo para casa e gritando por mamãe
[sendo não de todo improvável que manchou as calças e se meteu
debaixo da cama, como dizem]. Nunca mais tirou os pés do bom e
sólido chão.
Por
três décadas se discutiu se Amhitar deveria reivindicar o Pioneiro
Da Aviação ou O Mais Humano Dos Aviadores. Venceu a
primeira hipótese, em decisão talvez não de todo feliz.
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