sábado, 18 de maio de 2013

18 de Maio

Inacreditáveis signos


A origem do Zodíaco de Amhitar não se perde na noite dos tempos e o fato de não poder ser atribuído a uma sabedoria antiga diminui sua ascendência espiritual [assim como seu apelo de marketing] para não pequeno desespero dos astrólogos que tentam [pobremente] fazer a vida traçando mapas astrais na cidade traidora de Tashkent.

Sequer pode ser atribuído a um velho sábio [melhor ainda se fosse um cientista consagrado doublé de místico nas horas vagas, um Isaac Newton centro-asiático]. Documentos [quase que infelizmente] concordantes atribuem a sua fundação a três amigos tomados pelo tédio e pelo shamuzz [uma pinga amhitariana] que em pergaminho [em 1298 dos hereges] na data de hoje dividiram o céu em 900 quadrantes [depois aumentados para 999 sem outra aparente que não a estética].

Por arbitrário que seja o número [e por trabalhoso que seja lidar com 999 signos] o Zodiacal amhitariano parece funcionar melhor que seu concorrente ocidental [segundo três estudos acadêmicos, dois deles da Universidade de Delhi na Índia]. O terceiro estudo [e único amhitariano] afirma que a força de qualquer sistema zodiacal [seja de Amhitar ou qualquer outro] reside em que as pessoas não os levam a sério e assim divertem-se ao lê-lo, apenas vivem suas vidas e lhes dão algum crédito quando geram alguma coincidência, glória esta que dura um segundo, se tanto. Por sua sesquipedal falta de charme tal raciocínio tem aceitação próxima do nada.

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