quarta-feira, 29 de maio de 2013

29 de Maio

Danças

O geógrafo ateu materialista soviético Serguei Kovinev [previsivelmente] explicou o início da dança em Amhitar como um roteiro no qual não faltaram o Representante da Classe Exploradora [o Xamã], aqueles que se faziam de Proletariado da época [os plantadores que foram pegos colhendo lenha escondido na propriedade do Xamã] e a Boçalidade e o Arbítrio dos Dominantes [exemplificado pelas brasas].

Seis décadas depois Gulshanoy Sabina [a mistura de um nome masculino e feminino (como tudo em Gulshanoy) era uma provocação] surpreendentemente considerou correto o roteiro, apenas tomando-a pelo sinal trocado. A história canônica afirma que em tempos imemoriais [que Gulshanoy sem citar fontes fixa em 29 de maio de 1.437 A.C.] certo chefete local [o Xamã] puniu os camponeses jogando brasas aos pés deles enquanto um pífaro tocava uma ridícula música de encantamento de serpentes.

Gulshanoy [pós-moderno em tempos pós] nada considerou estranho no episódio – o tal Xamã gostava de brasas [e andava ele mesmo sobre elas]. Além disso a história representaria uma metáfora da vida amhitariana e porque não da vida toda. E também explicaria porque em Amhitar [segundo o pensador] todos praticavam ridiculamente a dança – aliás a mais ridícula das artes.

Uma visão um pouco alternativa [partida mais dos seus críticos] afirma que Gulshanoy cedeu à vingança e à fantasia – vaiava os dançarinos porque, no fundo, não sabia dançar. 

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