quinta-feira, 13 de junho de 2013

13 de Junho

A doçura posta em questão

A 1ª Conferência do Movimento Dialético-Proletário Feminista Amhitariano [o “dialético-proletário” se deve ao Partido Comunista da República (traidora) do Uzbequistão] no dia de hoje em 1979 após setenta e três horas [quase ininterruptas]  de debates elegeu um Panteão da Mulher Amhitariana. Este [previsivelmente] continha os nomes das libertárias Breanna Oygul e Juju Shilmora, uma menção à tribo de guerreiras-mulheres mencionada pelo viajante Sayyd Maruf Umarkhan, um lugar especial para Iroshka Maruf [catapultada pelo dramático de seu desparecimento], além de uma [não incontroversa] inclusão da doce Nargiza Donisheva.

O doce [segundo testemunhas na Conferência] causou o problema. As delegadas [ou muitas] não gostaram do adjetivo, inadequado [segundo elas] para um movimento de mulheres que se mobilizava na emancipação. Pesquisas de última hora [livros folheados em meio aos discursos] revelaram que a poetisa do século XIV pouco tinha da virgem clorótica como alguém a retratara. Este alguém [ou alguéns] era na verdade um ramo dissidente da Academia de Ciências de Amhitar, esta já romântica por si, e os rebeldes mais românticos ainda.

Algumas na Conferência conseguiram empurrar uma moção de repúdio a esses homens, que se pensam Byrons de cavanhaque, mas não passam de gordos de chinelo imaginando mulheres indefesas. Compreensivelmente o Voz do Proletariado Vitorioso [o jornal do Partido] esqueceu-se de publicar isso.

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