Por três vezes Deniza Lusenok
tentou vir ao mundo [Abdul Al-Wazahari afirma que foram 555 vezes, mas esse óbvio
exagero tem minado a credibilidade de sua versão]. Por outras três não
conseguiu. [O Bahardieesh-el-Munizhinoor,
que pode ser traduzido como Livro das Sacratíssimas
Dissidências, inexplicavelmente não registra detalhes de uma quarta e quinta
tentativas]. Na sexta conseguiu, embora [dizem] com o atributo [não muito
vantajoso] da invisibilidade para homens e animais [podendo ser visto apenas
pelos gatos e pelos morcegos, sendo que nem mesmo a Torrente de 699 Sábios (que analisou não sem obsessão os escritos) tenha
explicado a razão de tais exceções].
Deniza Lusenok emplacou-se como sétimo
[sendo obscuro o destino dos seis primeiros] dos Gulmahayos [que um filme
classe B de Hollywood de 1960 traduziu como sobre-zumbis].
[Esta classe de pessoas [ou seres] nada tem a ver com doutrinas de reencarnação
(trazidas a Amhitar por Zulfikar MaKahardec e celebradas nestas Efemérides a 10
de janeiro).] Os Gulmahayos [um ponto
principal da mitologia (e da vida) Bakhmar] consistem em pessoas pela metade,
meio terra meio céu, meio erro meio acerto, entre o nascer e o não ser. Vivem
entre nós, são nós mesmos, e é impossível saber quando somos um deles e quando
somos nós mesmos, se esta diferença existe. Por tal excessivo misticismo, só são
lembrados no dia de hoje [e esquecidos no resto do ano].
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