segunda-feira, 1 de julho de 2013

01 de julho

Dia da tolice a nado

As piscinas em Amhitar escapam da [inevitável] banalidade de suas congêneres não-amhitarianas [meros receptáculos de água, substâncias verdes e lembranças de crianças, e  palco para profissionais do nado com mais suplementos que sangue nas veias]. Certo Sub-Xeque [do qual a história oscila entre os nomes Zoda Azam e Raxmonov Spiro – com possiblidades maiores para o primeiro] decidido a ensinar a seu povo as virtudes do banho e do exercício [pouco populares em 1037 dos hereges (428 da Hégira)] decretou a escavação de um buraco de exatas 499,97 braças de comprimento [nunca tendo sido determinadas as razões de tal precisão ou capricho] e seu preenchimento com água do rio Amur-Daria.

Debelados os temores de que tal transladação terminaria por secar o rio [coisa que quase aconteceu, segundo um estudo de história ecológica de 1999 da Universidade de Delhi] o pressuroso quase-rei [os súditos a multidonear à volta] mergulhou uma vez – voltou à tona e levou cascata de aplausos [ninguém ali sabia nadar]. A expectativa [por alguma razão inexplicável] dizia respeito ao terceiro mergulho – mas logo no segundo a autoridade pareceu gostar do subaquático - e levou tempo excessivo.

Os súditos o puxaram do fundo de sua obra e o cremaram, atirando suas cinzas [ironicamente] no rio que ele quase esvaziara. Três sub-seitas atualmente ainda realizam um banho periódico ritual na data de hoje – para evitar ser tolo como aquele que foi engolido por sua tola obra.

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