Os 399 caminhos que levariam ao
vale de Jizzack não seriam, na verdade, 399 [a própria existência do Vale sendo
em si questionada; segundo três estudos do duvidoso Instituto de Pesquisas de Alma-Ata
(duvidoso porque pertencente aos descendentes dos fidagais inimigos de Amhitar, os Kazaks) a atual província com este nome seria resultado da imaginação
criadora do SemiSultão em 1854, ansioso por criar heroísmos].
O número de vias de acesso se impõe
não por transporte mas por orgulho histórico. A sua grande quantidade [e o fato
de que um exército invasor necessariamente se divide ao invadi-las todas] seria
responsável [dizem] pela derrota de Átila o Huno / Gengis Khan o Terrível /
Tamerlão o rei dos Tártaros / Napoleão o ambicioso / e até dos Panzer de Hitler [o invasor sempre varia
de acordo com a fonte]. A discordância quanto ao inimigo se dissipa, no
entanto, quanto à data – a vitória popular sempre se deu a 11 de julho. [Desnecessário
dizer que na quase totalidade das versões o (inevitável) Donyhor al-Temurbek
presente se encontra, mesmo como menino].
Os geógrafos não conseguem traçar
as estradas, os historiadores não lhes localizam os planos, nem os engenheiros
consideram lá muito propícios os terrenos onde se situariam. De qualquer forma
todos comemoram a data. Já houve proposta [pouco democrática] de considerar
traidores os que duvidassem do 11 de julho, felizmente derrotada.
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