Os Sete
Grandes Sábios do Deserto não eram sete [escavações demonstram que seriam pelo
menos onze]; não eram grandes [testemunhos asseveram sua estatura algo pequenina];
não eram do deserto [seus maiores sinais se encontram em cidades].
Breanna Oygul
29 anos e cabelos negros [e seriedade de monge] disparou a principal contrarrevelação
sobre estas figuras não isentas de vetustez frente a um auditório lotado hoje em
1922 [e tal fato não deixou de suscitar lembranças (inevitavelmente exageradas)
de sua palestra-orgia sobre libertação feminina celebrada a 27 de fevereiro]: os
Sábios não o seriam, e sim Sábias.
A jovem
militante tocou [talvez o sabendo] no ponto delicadíssimo de O que aconteceu
com Amhitar entre a derrota das treze falanges elefânticas do rei Motleruz no
ano 329 a.C. e a revelação (talvez) divina ao Subprofeta Royinod Abisan (o
fundador da protocivilização Khazyr) em
241 d.C. [no calendário dos hereges]. As evidências mais firmes [contestadas não
sem paixão por todas as academias amhitarianas, neste ponto unanimemente masculinas]
estabelecem que um domínio feminino se estabeleceu no período: na política, na
maquiagem, nas artes e até na sabedoria [daí as Onze Sábias].
Breanna
demonstrou seu ponto com citações em aramaico, grego e no dialeto Bakhmar. Sua seriedade não a impediu de
provocar [de maneira inadvertida] uma enchente de rapazes jovens no auditório,
que pouco prestaram atenção ao discurso e depois [dizem] dedicaram-lhe sonhos noturnos.
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