sábado, 17 de agosto de 2013

17 de agosto

Enquanto durou

O desprezível farsante Rattham Kebya adentrou o calendário nacional ao impersonar o Pachorrento Xamã Emarib Adoz [hoje em 499 do calendário dos hereges].

O inominável cafajeste [inimigo do trabalho] assistido [como sempre acontece com os cafajestes] por alguma divindade negativa soube escolher perfeitamente o timing em que uma onda de dor [e secreto alívio] varria o país pelo boato de morte do Xamã em uma de suas batalhas em distantes países [tais guerras (dizia a sufocada oposição) destinavam-se mais a re-encher o harém do governante].

Inteiramente diferente do Xamã [e vestido de trapos empapados de pó e sangue, como se saído do combate], o mequetrefe se impôs exatamente por isso: se fosse semelhante, as pessoas procurariam [e encontrariam] as inevitáveis diferenças. Como era bem diferente, elas procuraram as inevitáveis semelhanças.

Desnecessário descrever as orgias e banquetes e hectolitros de Mhir´raz [a bebida nacional] que marcaram seu curto reino – que terminou inevitavelmente com a volta do filho do Xamã [o qual afirmou que o pai morrera gloriosamente em batalha, e outros dizem que ele matara o pai para roubar-lhe o trono] e o previsibilíssimo enforcamento do farsante.

Na verdade Rhattam só entrou na história por uma frase tão tola quanto real, que é repetida sempre, e que teria pronunciado ao ser levado ao patíbulo

Lhahrik-el-Tsorumhak!

Que em uma tradução livre do quinto subdialeto Khazyr significa Foi bom enquanto durou!

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