Zoo-ilógico
Sete zoólogos cravaram hoje em
1769 no chão de Shmaeerkhaant a primeira jaula do zoológico de Amhitar [a honra
de ser o primeiro desses estabelecimentos na Ásia Central (e quiçá no mundo) tem
sido obnubilada pela estranheza dos hóspedes do mesmo]. [Não são poucos os
historiadores, especialmente da Inglaterra, que afirmam ser pouco crível que um
zoo sem elefantes ou zebras seja um zoo verdadeiro. Compreensível, já que o zoo
amhitariano bate em antiguidade ao mais velho da Pérfida Albion.]
O primeiro zoológico nacional ostentava
o Takhvazz, um touro venenoso de sete
chifres em forma de saca-rolha; o Ebok,
que subia nas árvores mais altas com apenas uma pata, permanecia lá por 66 anos
sem se alimentar e [por alguma razão inexplicável] imitava com perfeição os
sons da língua chinesa; o Dorhumil, pássaro
de quarenta asas que se alimentava de piche e que trazia boa sorte aos que
ouviam seu grasnado; e [talvez o mais estranho de todos] o Zaval, bicho indefinível porque invisível, e invisível porque se
escondia muito rápido. Além disso era inaudível e seu odor era de rosas
vermelhas, o que o fazia sumir na temporada de floração delas.
O ceticismo [principalmente
internacional] se regozijou quando escavações no lugar do estabelecimento revelaram
apenas ossos de cachorro. Eles não leram os ensaios dos Sete cientistas, que
afirmaram que seus animais possuem a
qualidade disfarçar-se de outros bichos, enganando assim os invejosos e os predadores.
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