Orgulho nacional: os
historiadores [e as colunas de fofoca] apontam que o primeiro Miss Universo aconteceu nos Estados
Unidos em 1930. No entanto hoje em 1570 certo Dervixe [cujo nome a história não
anotou] determinou que um estrado de madeira fosse construído em frente ao palácio
e que por ele as mais belas jovens do Reino deveriam passar – com formosas
roupas, depois com menos roupas, e depois com poucas roupas [sendo advertido a
quem assoviasse que lhes seriam furados os olhos – compreensivelmente o
respeito foi total].
A grande novidade de tal concurso
vem de que as vencedoras não iriam fazer parte do harém real, ou se tornariam concubinas
de algum general estrangeiro. O Nababo [talvez por puro tédio – dizem os críticos]
só queria contemplar a beleza. O fato de a vencedora ganhar joias e promessas
de casamento com filhos de mercadores apenas acentuou a semelhança com os
concursos de hoje, inflando mais ainda o orgulho nacional pioneirístico.
Desafortunadamente uma espanação
um pouco mais aprofundada na Biblioteca Nacional em Shamaarkheant em 1956 causou
a publicação dos originais das gravuras do pioneiro concurso. As garotas eram
belíssimas – para o padrão da Amhitar do século XVI, na qual imperava o ditado Dhilzhorist-ol-Khorumek, que do
proto-Bakhmar arcaico pode ser traduzido como Dá-lhe gordura que lhe darei formosura.
Não sem injustiça tal celebração caiu
no olvido.
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