sexta-feira, 6 de setembro de 2013

06 de Setembro

Ladros Eufemismos

...E eles me levaram para ser hóspede, e me ofereciam três refeições por dia, completamente gratuitas, e guarda permanente à minha disposição [Ele foi preso]. Um dia achei as coisas muito monótonas e saí [Ele fugiu]. Ao passear na beira do rio perto do local onde passei minhas férias [ao correr fugindo da Penitenciária], tive a boa sorte de encontrar um barco por ali, cujo proprietário sem dúvida era amistoso e não se incomodaria. Eu o tomei emprestado [ele o roubou]. Os empregados do local de onde eu saíra me viram e reagiram de maneira hostil [os guardas abriram fogo]...

E assim continua a narrativa do gordo, cara-vermelha, olhos-esbugalhados Nasum Rodraz, o ladrão redondo, do qual nem mesmo os 999 deuses atribuídos por alguns ao Panteão da Seita Khazyr seriam capazes de explicar a sua presença em uma lista oficial de comemorações diárias de um país. [Embora um desejo nacionalístico de emparelhar com a Inglaterra (a qual de certa forma se orgulha de seu Jack The Ripper) não esteja fora de cogitação].

Mais interessante que a carreira de Nasum talvez seja sua [não menos infame] aposentadoria. Nos finais de tarde [era lá pelos anos 1900 e pouquinhos] crianças e depois o resto se reuniam para ouvir suas histórias de carteiras surrupiadas e carreiras levadas de policiais. O jeito doce com o qual contava suas safadezas seduzia, e alguns pressurosos pais tinham de explicar a seus filhos que ser um descuidista não é uma coisa boa.

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