estreou hoje em 1998 [não sem
certa resistência] nas [então únicas] sete casas de jogos de Shmaerkhaant. [O relativo
isolamento tecnológico do país o condenara até então a uma ditadura do telejogo
e do inevitável fliperama]. Composto inicialmente em dois CP-500s
contrabandeados [e depois atualizado para rodar no sistema Windows 3.1], o game relata a história de três
querubins, Ariel, Shmael e Galiel. Arial canta, Shmael dança e Galiel picha as
ruas da cidade.
O enredo começa quando Galiel decide
fazer o bem, e começa pelo óbvio – perguntando como se faz isso. Após receber
as respostas mais inimigas umas das outras [geralmente de cunho religioso]
decide jogar tudo fora como nonsense
e [acompanhado de seus amigos] decide atravessar a cidade [uma enorme cidade
inominada, com pouco verde, muito crime e traffic
jams] para do outro lado dela alcançar o bem, ou alguma coisa.
Para tanto, Galiel cola o pensamento
na ação – farei o que pensar – é o
lema dos três – o que os leva a não pouca confusão – inclusive com a polícia. Doam
toda a roupa a pobres [e são perseguidos por indecência], roubam limusines,
choram junto com viúvas. O final depende das opções do jogador.
Acusado de
ser mais tratado teológico que um game, Os
anjos não irão ao Paraíso teve uma surpreendente aceitação entre a adolescentada.
Até religiosos o elogiaram – até perceberem que em vários dos finais possíveis
a conclusão era Religion is Trash, o que
diminuiu seu entusiasmo.
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