Dos vinte e dois Reis Medievos de Amhitar [segundo
alguns, uma mera lenda] a História lembra [com detalhes minimamente apreciáveis]
apenas o vigésimo-segundo [sendo o caráter imaginário de tal Dinastia e de tal
Rei reforçado pela discordância em torno de seu nascimento, que se deu nos anos
333, 1111 ou 066 do calendário dos hereges, de acordo com a fonte].
Essas próprias datas acentuam o
principal [e na verdade único] traço que determinou a imortalidade de tal Rei,
o seu amor à simetria. Tal característica [por um lado] fazia o Rei oferecer prêmios
para as mais belas moças e rapazes sem nenhum interesse sensual, apenas por ele
considerar que De um lado um harmonioso
olho azul, do outro um olho igual, de um lado uma delicada orelha, e do outro outra
lhe faz espelho – isso faz da espécie
humana mais bela que as montanhas, pois
estas não se dividem em partes iguais. Por outro lado esse furor simétrico
fazia o Rei massacrar com seus soldados a todo aquele que não se encaixasse na
simétrica beleza, fosse homem ou animal.
A história [nesse ponto
absolutamente lendária] conta que tal Rei mandou cortar em pedaços a si mesmo,
pois um triste acidente de parto o fizera com um braço mais curto e a Natureza
o dotara de um nariz torto e um olho maior. Uma versão mais light diz apenas que mandou apagar todos
os registros de seu nome, pois este não podia ser dividido em partes iguais. O
desconhecimento atual de seu nome favorece a esta última.
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