quinta-feira, 7 de novembro de 2013

07 de Novembro

MargaRita em Amhitar

Miss Margarita Carmen Cansino [a testa larga, os olhos de furação e as pernas de sonho] nunca teve grande interesse na nobre terra de Amhitar [e assim nenhum dos 77 espectadores de seu mais obscuro (e dizem que melhor filme)]. A Sétima Filha do Xeque estreou [e encerrou sua carreira] hoje em 1947 em uma exibição de teste [para plateia fechada]. Encerrou sua carreira – um incêndio naquela madrugada no depósito nos fundos do Chinese Theater em Hollywood destruiu todo o celuloide [com exceção de um minuto e sete segundos – e a recorrência de números sete não deixou de dar material para os buscadores de mistério].

Um comentário [não isento de malícia] afirmou que n´A Sétima Filha... sobrava tudo, menos roupa. Não isento de malícia: a sétima garota [raptada por um belo e jovem Xeque rival da cidade amhitariana de Rangoon, o qual acabaria (previsivelmente) por se apaixonar por ela] nas suas danças de odalisca mais sugeria do que despia [suas mãos deslizando ágeis sobre as sedas].

Desnecessário dizer que a Amhitar do filme ganhava prêmios de falsidade – as palmeiras de estúdio e os camelos pareciam ter o dom da onipresença, sem contar que Rangoon jamais foi cidade amhitariana.

Dizem [com sobeja maldade] que tudo se deveu ao maridão Orson Welles, o qual, louco de ciúmes de Margarita, aliás Rita, aliás Rita Hayworth, queimou os originais e ainda deu sumiço na pequena parte sobrante. Embora não de todo inverossímil, desta versão não restam provas.

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