O ídolo
O primeiro astro do cinema amhitariano
fez seu début na História não por ser
o primeiro [título aliás duvidoso] mas [dizem os eternos dizedores-de-não] por trazer
a Amhitar o título [não necessariamente honroso] de casa do primeiro astro teen da era moderna.
Kyndal Bekzod [indiscutivelmente]
possuía o tipo físico para isso: idade indefinida [obviamente oscilando entre
os treze e os quinze], magrinho, de pele perfeita e olhos de pérolas azuis que faiscavam
a um par de milhas, as suas feições quase femininas tornavam incompreensível [para
os mais velhos] porque ele invariavelmente destruía os corações das garotas.
A máquina [a famosa máquina]
entupiu o país de comerciais dele, desde bicicletas até pó anticaspa, todas com
o olhar [supostamente] fatal. O menino era ladeado por antigos guardas do palácio
do [destronado] SemiSultão [os precursores dos modernos seguranças] e usava uma
faixa na cabeça que ressaltava os cabelos louros [cumprindo função que nos ídolos
de um século depois seria realizada pelos óculos escuros].
Kyndal subiu à cabeça: não só o
sucesso como também a cerveja shiibatz,
da qual [diziam] no final da carreira tomava hectolitros; dezessete grávidas
alegaram que o culpado fora ele; e deu para fazer pinturas em muros públicos
[inspirando os pichadores hodiernos]. Nisso [dizem os pessimistas eternos] reafirmou
mais uma vez o pioneirismo amhitariano – na tolice adolescente. Claro que esta opinião
down não é por todos partilhada.
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