quarta-feira, 20 de novembro de 2013

20 de Novembro

Da Seita

Uma Plenária da Academia Soviético-Proletária da Ásia Central hoje em 1939 refutou a tese [já um tanto desacreditada] da inexistência dos Khazyr. [O Geógrafo Serguei Kovinev fez a parte mais consistente da defesa da velha seita mística, o que não deixa de ser surpreendente para um ateu convicto e partidário do progresso material dos povos].

Os românticos [meio século antes] advogaram que o grupo social que povoou as regiões central e sul do platô amhitariano não passava de lenda. Seus argumentos [no entanto] muito tinham de emocional e pouco de arqueológico. Um deles [não o mais consistente porém talvez o mais popular] tomava a frase [atribuída aos sacerdotes Khazyr]

Há muitos deuses – uns são possíveis, outros não

como um exemplo da tolice da teologia da seita [pois negava a própria essência do teísmo]. Kovinev explicou a contestação romântica afirmando ser compreensível a revolta idealista diante de um grupo social que, apesar de ter crença, possuía-a de forma racional, quase materialista.

A Academia do Passado Inexistente [de maneira compreensível e pós-moderna] trouxe a velha seita de volta. Os muitos deuses dos velhos mestres seriam na verdade os Paradigmas [uma palavra odiosa para os pós-vanguardistas amhitarianos] os quais existiriam para ser quebrados. Um subgrupo mais radical diz que os Khazyr se referiam na verdade a Nada – e esse combate a deuses sem relevância os tornaria eternos – embora discutam se a eternidade tenha grande importância.

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