Da Seita
Uma Plenária da Academia Soviético-Proletária da Ásia
Central hoje em 1939 refutou a tese [já um tanto desacreditada] da inexistência
dos Khazyr. [O Geógrafo Serguei
Kovinev fez a parte mais consistente da defesa da velha seita mística, o que não
deixa de ser surpreendente para um ateu convicto e partidário do progresso
material dos povos].
Os românticos [meio século antes]
advogaram que o grupo social que povoou as regiões central e sul do platô amhitariano
não passava de lenda. Seus argumentos [no entanto] muito tinham de emocional e
pouco de arqueológico. Um deles [não o mais consistente porém talvez o mais
popular] tomava a frase [atribuída aos sacerdotes Khazyr]
Há muitos deuses – uns são possíveis, outros não
como um exemplo da tolice da
teologia da seita [pois negava a própria essência do teísmo]. Kovinev explicou
a contestação romântica afirmando ser compreensível
a revolta idealista diante de um grupo social que, apesar de ter crença, possuía-a
de forma racional, quase materialista.
A Academia do Passado Inexistente [de maneira compreensível e pós-moderna]
trouxe a velha seita de volta. Os muitos
deuses dos velhos mestres seriam na verdade os Paradigmas [uma palavra odiosa para os pós-vanguardistas amhitarianos]
os quais existiriam para ser quebrados. Um subgrupo mais radical diz que os Khazyr se referiam na verdade a Nada – e
esse combate a deuses sem relevância os tornaria eternos – embora discutam se a
eternidade tenha grande importância.
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